Programa Mais Escola na Rádio do dia 22/06 trata sobre a Adolescência
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Adolescência
Definição: o que é
adolescência
Adolescência é uma etapa intermediária do desenvolvimento humano, entre a
infância e a fase adulta. Este período é marcado por diversas transformações
corporais, hormonais e até mesmo comportamentais. Não se pode definir com
exatidão o início e fim da adolescência (ela varia de pessoa para pessoa),
porém, na maioria dos indivíduos, ela ocorre entre os 10 e 20 anos de idade
(período definido pela OMS – Organização Mundial da Saúde).
Adolescência e puberdade
Muitas pessoas confundem adolescência com puberdade. A puberdade é a fase
inicial da adolescência, caracterizada pelas transformações físicas e
biológicas no corpo dos meninos e meninas. É durante a puberdade (entre 10 e 13
anos entre as meninas e 12 e 14 entre os meninos) que ocorre o desenvolvimento
dos órgãos sexuais. Estes ficam preparados para a reprodução.
Durante a puberdade, os meninos passam pelas seguintes mudanças corporais e
biológicas: aparecimento de pêlos pubianos, crescimento do pênis e testículos,
engrossamento da voz, crescimento corporal, surgimento do pomo-de-adão e
primeira ejaculação.
Entre as meninas, as mudanças mais importantes são: começo da menstruação (a
primeira é chamada de menarca), desenvolvimento das glândulas mamárias,
aparecimento de pêlos na região pubiana e axilas e crescimento da região da
bacia.
Hormônios e comportamento
Durante a adolescência ocorrem significativas mudanças hormonais no corpo. Além
de favorecer o aparecimento de acnes, estes hormônios acabam influenciando
diretamente no comportamento dos adolescentes. Nesta fase, os adolescentes
podem variar muito e rapidamente em relação ao humor e comportamento.
Agressividade, tristeza, felicidade, agitação, preguiça são comuns entre muitos
adolescentes neste período.
Por se tratar de uma fase difícil para os adolescentes, é importante que haja
compreensão por parte de pais, professores e outros adultos. O acompanhamento e
o diálogo neste período são fundamentais. Em casos de mudanças severas
(comportamentais ou biológicas) é importante o acompanhamento de um
médico ou psicólogo.
Socialização
Uma marca comum da maioria dos adolescentes é a necessidade de fazer parte de
um grupo. As amizades são importantes e dão aos adolescentes a sensação de
fazer parte de um grupo de interesses comuns.
Gravidez na adolescência
No Brasil atual, a gravidez
precoce tem se transformado num grande problema de saúde pública. Com poucas
informações e uma vida sexual ativa cada vez mais precoce, muitas adolescentes
estão engravidando numa época da vida em que se encontram despreparadas para assumir
as responsabilidades de mãe. Ao se tornarem mães, estas adolescentes acabam
deixando de lado uma importante fase de desenvolvimento (algumas até mesmo
abandonam os estudos). Mais preocupante são aquelas que buscam o aborto, tirando a vida de
um ser e colocando em risco suas próprias vidas.
Comportamento
De todos os adolescentes são
esperados comportamentos rebeldes e a rebeldia já virou, inclusive, sinônimo de
adolescência. Esta relação feita entre esta fase da vida e este padrão
comportamental faz com que a rebeldia seja entendida como uma característica
própria da idade, que passa com o tempo e que, como tal, não pode ser
solucionada nem discutida. Na verdade a rebeldia é um comportamento comum na
fase adolescente, comum no sentido de freqüente e não de próprio desta fase. O
próprio da fase adolescente, universal e que inevitavelmente acontece com todos
os jovens normais, são as mudanças corporais, o aparecimento do interesse
sexual, a mudança de outros tipos de interesse e uma nova forma de se
relacionar com o mundo, que não é mais infantil nem adulta e que, portanto,
caracterizam uma fase de transição muito marcante. Todas as transformações
biológicas e físicas provocam reações diferentes nas pessoas que lidam com o
adolescente.
Uma grande confusão a respeito do
que permitir, o que proibir e o que pode ser aceito desta nova pessoa, acontece
com os adultos. Todas as modificações da adolescência provocam conflitos na
forma do adulto se relacionar com o adolescente e a sociedade também provoca
discussões e leis confusas, que autorizam o voto e outras responsabilidades e
desautorizam responsabilidade criminal e outras coisas, fazendo com que a
maturidade do jovem seja vista de diferentes formas. Tudo isto é polêmico,
controverso e confuso e é este conjunto de coisas que caracteriza o ambiente do
adolescente como confuso e conflituoso. A institucionalização das
características adolescentes também provocam expectativas de que com todos
eles, tudo aconteça exatamente da mesma forma nesta fase e a criança que cresce
ouvindo que será assim a partir de determinada idade, provavelmente desenvolve
alguns comportamentos para responder ao esperado, sem que isto se desenvolvesse
normalmente.
Frente a estes aspectos, é
desleal atribuir à fase adolescente toda a responsabilidade pela rebeldia comum
nesta fase. Dependendo da relação familiar e do grupo de convívio do
adolescente, suas características podem ser diferentes do esperado. Nem todos
os jovens desenvolvem os mesmos comportamentos convencionados como
característicos, e nem todas as famílias têm problemas na definição de como
educar o adolescente. A rebeldia pode ser apenas uma reação à falta de jeito
dos adultos para lidar com esta nova fase, da falta de compreensão, apoio e
esclarecimento das modificações, que podem assuntar o jovem, se forem
absolutamente desconhecidas, e de outros problemas de trato com esta pessoa,
que não pode mais ser tratada como a criança que era, e que não tem maturidade suficiente
para assumir uma vida adulta. Se os adultos que se relacionam com o adolescente
continuam a tratá-lo como criança, se não conseguem aceitar que os interesses
dele são outros e não tiverem condições de estabelecer uma relação de
colaboração e confiança, a probabilidade de rebeldia na adolescência continuará
sempre fazendo com que esta característica seja marcante nesta fase.
Algumas dicas para lidar com
seu filho na adolescência
É
natural que muitos pais sintam-se completamente perdidos quando seus filhos
querem se tornar donos do próprio nariz. O fato é que tanta independência não
se conquista da noite para o dia e, neste longo percurso, muito terá de ser
descoberto (para ambos os lados). A boa notícia é que os pais já possuem uma
certa experiência e deixam de ser protagonistas e passam a ser educadores. A
seguir como lidar com algumas situações mais comuns com os adolescentes:
Saídas sem avisar
Ter
pulso firme é importante, mas jamais deve ser controlador. É preciso expor a
preocupação e deixar claro o risco desta atitude, mas sem ameaças. Trate-o como
um adulto. A palavra de ordem é manter os combinados para reforçar a relação de
confiança. Saiba com quem seus filhos vão sair, onde e como. Além disso,
determine um horário para voltar. O ideal é estabelecer naturalmente os limites
sem bater de frente.
Briga com namorado(a)
Não
se deve tomar partido. É preciso respeitar a individualidade. Mas ficar neutro
perante uma briga não é estar indiferente, deve-se estimular o filho(a) a
encontrar seu próprio caminho e refletir sobre o fato. Neste processo é o jovem
que deve traçar seu próprio rumo. Brigas com namorado e até com amigos farão
com que ele repense sua atitude e seus valores – tão imprescindíveis neste
momento de busca da identidade. Conduza, sem determinar o trajeto.
Rejeição na escola
Ser
discriminado na adolescência é doloroso, pois a formação de um grupo tem grande
valor, pois traz uma sensação de pertencer a uma sociedade. Cabe aos pais
ficarem atentos ao isolamento e as dificuldades de estabelecer amizades. Não se
pode ignorar e achar que se trata de um momento passageiro. Mas atitudes
radicais como tirar o jovem da escola, tomar para si sua dor e partir em defesa
não devem ser tomadas. É preciso observar o que de fato está acontecendo,
dialogar na escola e solicitar a ajuda de um profissional que facilitará todo o
processo.
Ficar bêbado
Experimentar
os limites, inclusive na bebida, é pré-requisito para qualquer adolescente. Não
adianta tentar conversar enquanto seu filho estiver bêbado, espere o porre
passar, para depois ter pulso firme e tenha uma conversa franca, trazendo
exemplos reais do que o uso abusivo do álcool significa, assim como os riscos
aos quais ele fica submetido quando está bêbado. Não punir e lidar sobre o
assunto de maneira aberta desde o inicio é importantíssimo. Segundo Danielle
Gaspar: “A questão não é negar a existência de bebidas em sua casa ou no seu
convívio, mas revelar através de sua atitude os limites para o uso”.
Uso de drogas
É
importante enfatizar que mesmo tendo afinidades com o grupo (gostos musicais/
esportes/estilo), ele é o senhor de suas próprias decisões. E é isto que o faz
único, logo, tão especial. Reforce sua individualidade no dia-a-dia, elogie e
apóie. O ideal também é que esclareça os tipos de drogas e suas conseqüências e
no primeiro sinal, o mínimo que for, buscar ajuda de um profissional.
Videogame e internet sem limites
Horários
e regras são imprescindíveis no tempo de utilização desses aparelhos, para que
o adolescente não fique muitas horas nestas atividades. Não se deve invadir a
privacidade do adolescente, pegando senhas de acesso ou rastreando pelos sites
que andam sendo acessados. Respeitar e confiar são grandes elos para a
confiança.
Escolha da profissão
Pressionar,
omitir os fatos e tentar direcionar um caminho, não colabora. Seja cúmplice nas
incertezas e dúvidas, ajude-o a buscar dentro de si o que pode lhe dá mais
prazer e satisfação. Emita opiniões e fale de sua própria experiência no trajeto
da busca.
Programa Mais escola na Rádio - apresentado pela Professora Tatiany Azevêdo
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